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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MARIA ANÉSIA
( BRASIL - MINAS GERAIS )


Penso com convicção de que as letras nasceram comigo.
Elas estavam lá, no momento em que virei gente. Gentes
somente meus entrelaçados com poesia. Nessa dupla, fui  apresentada ao mundo no dia 7 de setembro de 1953.
Vivi na roça, entre bichos, plantas, água, barro e por isso aprendi a amá-los.  A natureza é “fantástica”! Um dia, hei de conhecer as letras e com elas farei um espetáculo de criação. (“As Letras Têm Preço”). Minha autoria.
Estudei poemas, conheci histórias, pessoas diferentes, lugares... Folheei cartilhas, almanaques, livros. Livro em minha época era caro e raro. No entanto, me fartava de leitura. Concluí o ensino fundamental. Arrisquei sair de Rubim. Fui para São Paulo onde nada aconteceu. Aliás, aconteceu tudo. Construir família — ganhei seis filhos, as letras mais valiosas de minha história. Mudei pra Rio Pardo de Minas em 1979. Mudei um pouco minha personalidade para ser feliz. Adaptar com a linguagem, cultura daquele lugar foi um desafio. Fundei uma escola. Escola Municipal Riacho da Areia. Ensinei o bom e aprendi o melhor.
Em   989, saí da zona rural para a cidade. Concluí o ensino médio com 42 anos de idade. Tentei concursos público e passei. Pedi remoção. Em 1999, era professora em Belo Horizonte. Mais próxima das letras, dos livros, o sentimento de criança veio à tona — ser escritora. O impossível tornou-se visível aos olhos da humanidade. Concluí o Curso de Letras na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 2012, aos 54 anos de idade com meu primeiro livro publicado. “As Letras Têm Preço”. De lá para cá, não desgarrei dos livros e publiquei em 2020: “O Canto Lírico de uma Estrela”.
Sou membro da Academia de Letras e Artes - ALEAR, em Santa Luzia, onde moro. Graças a Deus, me considero escritora.
maria.anesia90@gmail.com

CENA POÉTICA 10 - POESIA & PROSA. Adircilene Batista; e outros. Belo Horizonte, MG: RS Edições,
2024. 216 p.   Exemplar da biblioteca de Salomão Sousa

 

Olho e Língua

A língua fala o que o olho vê.
Não é verdade, pode o olho ver.
E a língua não falar.
A língua falar e o olho não ver.

Vinha um navio em alto mar,
Abarrotado, gente entristecida,
A África ficou para trás.
O olho viu, a língua não pode falar.

Que desgraça, que humilhação,
Essa gente não pediu esta situação.
A língua falou porque o olho não viu.

O olho viu as mão de Castro Alves
Escrevendo o Navio Negreiro.
      Multidão sem ninguém, o adeus derradeiro

Revolta por um povo escravo no Brasi,
Sem força e poder, submetido à humilhação,
A língua falou o que o olho não viu.

O olho viu negro morrer no mar.
Paisagem de dor que não pode mudar.
A língua falou: escravo para trabalhar.

Hoje, o Brasil carrega a dura aflição,
Do preconceito, do racismo, da divisão.
O olho viu, a língua falou, Princesa Isabel libertou.
Mas, ninguém FEZ nada não.


O céu de minha varanda

Distinto céu azul
Vejo de minha varanda.
Dizem que é onde Deus está.

Ora sim, ora não!
Nuvens leves e apressadas
Marcham sem direção...

Para onde vão não sei,
Lampejam e cobrem o azul do céu.

É meio dia, calorão, o sol vira rei.

Hora oportuna, refeição na mesa.
Agradeço sem fazer nenhuma oração.
Quem sabe! Deus me olha lá do alto.
Que sutileza!

Meus olhos, então, miram o azul celeste,
Exalam o criador — Deus do Universo.
E, entre lágrimas, rezam uma prece.
Amém!


Nas asas da águia

Medito!
A águia recebeu a missão
De voar muito alto.

— O que lhe foi dado,
Se não duas asas e a liberdade?

Nessa interrogativa me embarco.
Dou meus primeiros voos.

Com lápis se papel na mão
Solto versos nos ares
Que voam em alta direção.

De cá de baixo,
Vejo meus inscritos no trajeto da água.
Sobem, descem e rodopiam distantes.
Tenho ligeira sensação de estar junta.

Estamos voando...
A águia, na maior dimensão do universo.
Eu, na ciência das palavras e dos versos.

Nunca ouço dizer que uma águia cai.
— Por que haveria eu de cair?
Ela tem asas,
“Tenho duas mãos e o sentimento do mundo”

Pedi licença a Carlos Drummond de Andrade,
Que tem poemas nos livros agora.
O poeta não morre.

E lá estamos nós...
A águia e eu
Ela nas alturas, eu escrevendo literatura.


*
VEJA e LEIA outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:
https://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html
Página publicada em dezembro de 2025.


 

 

 
 
 
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